Description:
<jats:p>Quando o indivíduo se libertou do mundo medieval, não havia mais a Igreja e os códigos sociais e morais que formavam sua individualidade. Não havia mais nenhuma referência ou modelo que pudesse lhe servir de guia. O resultado disso foi a deterioração do próprio indivíduo, que se viu subjugado pelas leis impessoais do mercado. A partir desse diagnóstico, o presente artigo pretende refletir sobre a constituição do indivíduo na sociedade moderna. Em um primeiro momento, procura-se argumentar que a sociedade tem uma função fundamental na transformação do indivíduo em uma mônada, ou seja, em um ser atomizado, alienado e determinado em seu íntimo pela lei social estabelecida da exploração econômica. A partir disso, mostra-se como o indivíduo se constitui como um ser social, sendo reduzido a um corpo reificado, adestrado, que deve se adaptar aos mecanismos que regulam a produção</jats:p>