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O descritor sem religião identificado nos censos oficiais brasileiros tem despertado o interesse dos pesquisadores das ciências da religião e da teologia no intuito de buscar compreender qual o perfil e a racionalidade que move esses brasileiros que se declararam sem religião. Quais críticas estariam veladas nesta auto declaração? Como aproximar-se do tema sem cair na perspectiva das religiões tradicionais que estão perdendo membros que se deslocam em milhões para compor esse novo segmento no campo religioso brasileiro? E mais, quão novo seria esse grupo dos sem religião em perspectiva histórica comparada? Essas são algumas questões iniciais que moveram essa pesquisa. Por meio de uma breve revisão bibliográfica, buscou-se levantar algumas questões sobre essa temática. De importância capital é a abordagem a partir da noção de interculturalidade, como instrumento que permitiria apreciar positivamente os diversos grupos do campo cultural e religioso brasileiro. Cada um, inclusive os auto-declarados sem religião, teriam algo para contribuir ao entendimento das religiões e suas tradições no Brasil.