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Este artigo pretende observar, com olhos de mulher, e mulher afro, a situação adversa que viviam as mulheres no período dos Juízes, quando em Israel não havia monarquia. Ao nos aproximarmos dos textos de Juízes 17-21, experimentamos sentimentos de esperança e alegria, ao ver que as mulheres fazem parte do sonho da construção da identidade do povo de Israel, e encontrar nesse território a defesa da vida. Ao mesmo tempo em que também não se pode negar a impotência e a raiva que sentimos, como mulher, ao perceber no texto relatos de mulheres maltratadas em situação de desamparo. O predomínio na sociedade dos juízes é de homens em relação à mulher, e se pretende justificar nessa sociedade a violência sofrida pelas mulheres que perderam as suas vidas para defender a vida de um homem.