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O presente artigo tem por objetivo discutir o conceito de transfiguração (Transfiguration / Verklärung) nas primeiras formulações nietzscheanas do estatuto da filosofia, sobretudo em sua função de crítica ao pessimismo de Arthur Schopenhauer. Para tanto, analisa duas obras de seu período de juventude, O nascimento da tragédia e Schopenhauer como educador, enfatizando especialmente os capítulos 3 e 4 da primeira e as seções 3, 4 e 5 da segunda. Espera-se demonstrar que, para além de sua importância na crítica ao pessimismo, a transfiguração desempenha um papel central na tentativa de resposta ao problema do “sentido da vida” e, por isso, delimita o escopo do uso nietzscheano da metafísica.