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<jats:p>Este artigo faz uma ligação entre a Linguística Aplicada e a Antropologia ao refletir sobre a experiência de assentamento no país de acolhimento como um trânsito do não-lugar ao lugar no contexto da Supermodernidade conforme elaborado pelo Antropólogo Marc Augé (1995). Partindo de uma reflexão teórico-conceitual, o artigo ilustra o conceito de não-lugar com uma experiência prática, argumentando que a migração causa o esvaziamento da individualidade do sujeito e a ansiedade da ausência de hipóteses de passado e futuro. Sem a conexão relacional e identitária com o país de assentamento – processo intensificado pela ausência da língua local – os migrantes continuam a vivenciar seu novo mundo como um não-lugar. Assim, partindo de uma revisão bibliográfica, o ensino de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) no Brasil é entendido como uma ponte entre não-lugar e lugar, atuando como instrumento catalizador do processo de ressignificação do novo espaço habitado pelos migrantes.</jats:p>