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Nas últimas décadas começaram a se consolidar linhas de pesquisa associadas ao que pode ser entendido como Arqueologia Contemporânea. Entre essas, talvez uma das que mais visibilidade e impacto tiveram foi a chamada Arqueologia da Repressão e da Resistência, campo de pesquisa que ainda possui barreiras político-acadêmicas para ultrapassar. Uma delas foi superada ano passado, quando, pela primeira vez, foram implementadas intervenções arqueológicas em um centro de detenção da ditadura civil-militar brasileira com o objetivo de estudar suas materialidades e as experiências cotidianas a elas relacionadas. Essa pesquisa arqueológica teve um caráter diagnóstico e foi realizada no DOPS/MG para subsidiar a futura criação do Memorial de Direitos Humanos no local. Nesse texto serão apresentadas as atividades desenvolvidas durante esse trabalho que, além de pioneiro, tem como objeto de estudo um importante órgão repressivo da ditadura civil-militar em Minas Gerais.