Description:
<jats:p><p class="Normal1"><em>Questiona-se aqui os pressupostos da chamada &ldquo;crise da representa&ccedil;&atilde;o&rdquo; na democracia contempor&acirc;nea, e o papel espec&iacute;fico nela desempenhado pelos modernos meios de comunica&ccedil;&atilde;o, a partir de uma perspectiva te&oacute;rica menos comprometida com os substancialismos individualista ou sociol&oacute;gico predominantes nas an&aacute;lises correntes sobre tal&ldquo;crise&rdquo;. Para isso,&nbsp; procede-se a uma pequena releitura de algumas das teorias fundadoras da democracia representativa moderna, cujo objetivo &eacute; contribuir para o in&iacute;cio de certa desmistifica&ccedil;&atilde;o da no&ccedil;&atilde;o de &ldquo;representa&ccedil;&atilde;o&rdquo;, tal como utilizada hoje pelos v&aacute;rios argumentos da &ldquo;crise&rdquo;, mostrando que, em seus prim&oacute;rdios, o car&aacute;ter representativo da nova ordem republicana criada no Ocidente em muito pouco &ndash; ou quase nada &ndash; se referia, de fato, a algum problema de &ldquo;representa&ccedil;&atilde;o&rdquo;(tal como concebido hoje). Finalmente, se esbo&ccedil;a uma defesa da inser&ccedil;&atilde;o institucional-pol&iacute;tica da m&iacute;dia na poliarquia atual, com base numa recoloca&ccedil;&atilde;o da quest&atilde;o da &ldquo;representatividade&rdquo; para a estabilidade e a efic&aacute;cia do nosso sistema, dito representativo.</em></p><br /></jats:p>