• Media type: E-Article
  • Title: Injustiças epistêmicas : relatos e práticas de resistência epistemológica e política das mulheres afrodescendentes da área metropolitana de Lisboa : relatos e práticas de resistência epistemológica e política das mulheres afrodescendentes da área metropolitana de Lisboa
  • Contributor: Aguiló, Antoni; Lopes, Alexandra
  • imprint: Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura - CLAEC, 2023
  • Published in: RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade
  • Language: Not determined
  • DOI: 10.23899/relacult.v9i2.2340
  • ISSN: 2525-7870
  • Keywords: General Earth and Planetary Sciences ; General Engineering ; General Environmental Science
  • Origination:
  • Footnote:
  • Description: <jats:p>Partindo de uma abordagem indutiva sustentada na metodologia de histórias de vida inspirada na Escola de Chicago e no seu uso de métodos antropológicos para estudar populações urbanas, com particular destaque para Robert Park e Ernest W. Burgess e potenciadas no contexto académico português por Elsa Lechner, este artigo apresenta uma reflexão crítica sobre injustiças epistêmicas e formas de lutar contra estas no cotidiano das mulheres afrodescendentes da área metropolitana de Lisboa. Para tanto, o artigo está organizado em três partes complementares: na primeira, será apresentada uma conceituação introdutória de injustiça epistêmica a partir de várias perspectivas teóricas feministas e descoloniais. A segunda parte explora três eixos de análise relevantes para a desvalorização do conhecimento produzido pela diáspora feminina negra. A terceira parte, usando estudos de caso baseados nas histórias de vida das mulheres afrodescendentes em Portugal, oferece exemplos concretos de estratégias de resistência epistemológica e política contra os efeitos adversos da injustiça epistêmica, particularmente no que diz respeito à questão racial e sexual. Em suas observações finais, a pesquisa conclui que a injustiça epistêmica condiciona a formação de processos de subjetividade. Apesar disso, as vozes de grupos estruturalmente racializados e discriminados, como o caso das mulheres afrodescendentes, podem ser potenciadas por meio de práticas de resistência política por elas desenvolvidas. Essas práticas permitem que essas mulheres se reapropriem de suas vidas e da liberdade de se definir a si mesmas.</jats:p>