Beschreibung:
Este texto tem como objetivo analisar a presença do gerencialismo no Estado brasileiro, examinando, em particular, uma de suas características centrais: a dispersão de poder. Na construção de nossa argumentação, nos utilizamos da contribuição de John Clarke e Janet Newman para o entendimento do gerencialismo e da dispersão de poder (1997; 2009), detalhando as premissas dessa concepção, que eles definem não apenas como uma forma de administração, mas como mudança cultural. O artigo mostra que a dispersão de poder se faz presente na relação entre Estado e educação no Brasil, mas examina também como uma das premissas de Clarke e Newman – a de que há sempre um processo de tradução e não mera transposição de concepções dominantes sobre como o Estado deve se organizar – está presente no caso brasileiro. Através da análise de casos concretos da política educacional brasileira, essa presença do gerencialismo “traduzido” é documentada.